O que é o CMMI?

Essa é uma das perguntas mais freqüentes que escuto, principalmente quando comento com alguém sobre as áreas de atuação da empresa.

CMMI é o acrônimo (sigla) para Capability Maturity Model Integration, traduzindo, integração do modelo de capacidade e maturidade. Bom, esta tradução não ajuda muito, não é mesmo? E o que isto significa?

O CMMI é um modelo de maturidade de melhoria de processos para o desenvolvimento de produtos e serviços. Ele consiste de melhores práticas que endereçam desde atividades de desenvolvimento até a manutenção do produto e cobrem o ciclo de vida inteiro do projeto, desde sua concepção, passando pela entrega e posterior manutenção.

Este modelo é mantido pelo Software Engineering Institute (SEI) da Carnegie Mellon University e é patrocinado pelo departamento de defesa dos Estados Unidos (DOD – Department of Defense) da América.

O modelo do CMMI foi criado para ajudar e orientar as empresas na busca pela melhoria de seus processos. Com sua escala de níveis (níveis de maturidade e níveis de capacidade – mas isso será tópico de um outro post), ele fornece às organizações um caminho comprovado de melhoria de processo, uma estrada confiável a ser seguida, uma escada a ser subida na medida em que as empresas amadurecem seus processos (modelo de maturidade)

Além disso, a adoção do modelo e a avaliação formal feita por um avaliador certificado pela SEI (Certified Lead Appraiser) que irá fornecer uma nota (rating), permite a comparação (até certo ponto – iremos discutir isso mais detalhadamente em outro post) entre as empresas e, portanto, passou a ser adotado como uma referência mundial para a escolha do fornecedor. Em muitos casos, tornou-se um pré-requisito para que um serviço seja prestado. Esse modelo vem sendo adotado mundialmente e permite que empresas externas (offshore) possam competir com empresas nacionais e vice-versa, pois há um padrão de comparação.

O modelo do CMMI vem evoluindo ao longo do tempo, sendo a versão atual uma continuação e atualização da versão 1.1 e o SEI já está trabalhando no desenvolvimento da nova versão, a 1.3.

O CMMI para desenvolvimento (CMMI-DEV), modelo mais adotado e que falaremos agora, é uma coleção de melhores práticas que foi criada a partir do framework do CMMI, que é a estrutura básica que organiza os componentes do CMMI e os combina em modelos e constelações (áreas de interesse – que trataremos em um post específico para isso). É composto de uma suíte de produtos, treinamentos e métodos de avaliação. Neste framework, os modelos foram divididos em 3 constelações, sendo que o CMMI-DEV foi a primeira delas, depois o modelo para aquisições CMMI-ACQ e o modelo para empresas de serviços, o CMMI-SVC.

Atualmente, existem diversos metodologias, modelos, normas e orientações para que as empresas melhorem seus processos. Então, por que escolher o CMMI? Além das razões apresentadas acima, na qual ele permite o comércio internacional por criar uma base de comparação entre empresas, o CMMI utiliza uma abordagem sistêmica (para entender melhor o que é isso, veja post que irei colocar sobre o assunto) ao invés de melhorar apenas uma parte específica da organização, sem considerar sua interação com as demais áreas.

Resumo do que é o CMMI:

–Um conjunto de melhores práticas;
–Um método comprovado de melhoria de processos na organização;
–Um framework para organizar e priorizar as atividades de melhoria;
–Suporte para a coordenação de atividades multidisciplinares que são necessárias para se construir um produto ou serviço com sucesso;
–Uma forma de garantir o alinhamento entre as atividades de melhoria de processo e os objetivos de negócio da organização.

Este resumo foi traduzido e adaptado de: CMMI v1.2 Overview – apresentação da SEI.